quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Eu sabia que estava perto do fim..

.. mas, mesmo assim, eu não conseguia chorar. Um sorriso invadia meu rosto apenas em pensar que o veria novamente, isso estava errado, eu sei. Mas como, como eu poderia chorar sabendo que sentiria seus braços ao meu redor novamente? E quando, tão cedo, vi você se aproximar, mordi meus lábios, lutando contra um sorriso, já bastava que apenas eu soubesse o quão idiota e dependente eu era. Decepcionante. É a única palavra que eu posso usar para definir os argumentos que você não me deu. “Não tem exatamente um porque”, essas palavras me assombram até agora. E foi incrível como no final você ainda colocou o "bem" em "fique bem". E quando eu senti seus braços se fechando ao meu redor, eu pude sentir o gosto do adeus, e o arrependimento de esperar por isso, esperar que seu abraço me conforta-se, ao invés de fazer lágrimas brotarem de meus olhos. E ao sentir seus lábios em minha bochecha, eu desejei verdadeiramente poder parar, parar tudo, parar aquela cena, e parar as lágrimas que surgiram quando eu percebi que nada pararia agora. E depois, as únicas coisas que eu sabia que estava sentindo eram o vento em meu cabelo, meus pés se arrastando sem firmeza para frente, lágrimas que não paravam de escorrer, e uma dor inexplicável no peito, pior do que qualquer outra, e o resto, era o resto, tudo confuso demais para que eu entendesse ou sequer conseguisse distinguir algum.

Love is...
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