Eu procuro motivos para achar que não pode ser tão mal. Escolhas voltam a me assombrar e o único lugar seguro que havia ficou pra trás, em um tempo que não volta mais. Lembranças são regurgitadas na minha mente e na boca um gosto ácido me faz chorar. O coração ainda sente quase tão intenso quanto antes, mas cansou de bater acelerado. Os olhos, às vezes se atrevem a olhar pro amanhã, mas só enxergam o céu nublado e eu já duvido se o acinzentado vem do tempo ou da minha alma. Eu peço calma e o tempo acelera. Eu digo vem e tudo vai. E a saída de emergência me levou até na casinha abandonada de nós dois. Decido terminar com isso, mas escuto uma voz dizer: que ainda há perdão. Tenho guardado a coragem pro final, mas quer saber? Deixa ser e me calo.



